"As únicas coisas novas são aquelas que foram esquecidas." (autor desconhecido)

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segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Além de Matrix: 10 filmes que vão fazer você questionar a realidade




Além de Matrix: 10 filmes que vão fazer você questionar a realidade

Lista elaborada para quem tem desejo por conhecimento e mente aberta...

 



 “A verdade só pode ser dita nas malhas da ficção.”
― Lacan



É com muito carinho que elaborei uma lista com filmes provocativos, que vão além das limitações e que nos agregam conhecimento.


1º) Djinn (ou Jinn) - 2014


No início, três foram criados. Homem feito de barro. Anjos feitos de luz. E um terceiro, feito de fogo. Os dois primeiros dominaram a paisagem da mitologia moderna, escondendo as evidências de que um terceiro foi criado. A terceira raça, nascida de um fogo sem fumaça, foi batizada de Jinn. O homem moderno se esqueceu de que essa terceira raça já existiu. É hora de se lembrar. [1]
(((Leia o livro também: Os Vingativos Djinn)))



2º) 13º Andar (The Thirteenth Floor) - 1999


Douglas Hall e seu sócio, Hannon Fuller, dois pesquisadores da área de informática, estão prestes a colher resultados positivos em seu último projeto: desenvolver um mundo simulado utilizando realidade virtual. Porém, Fuller misteriosamente assassinado, antes de passar informações importantes sobre o projeto para Douglas, que agora o principal suspeito de ter efetuado o crime. Desorientado e em busca da verdade em torno dos acontecimentos, Douglas decide por entrar no mundo simulado para investigar a morte de Fuller. [2]
Baseado num livro de 1963, chamado SIMULACRON-3, de Daniel F. Galouye, que também foi fonte de inspiração para a produção de The Matrix.


3º) eXistenZ - 1999 


Uma importante e experiente designer (Jennifer Jason Leigh) de jogos de realidade virtual, é a criadora de um novo jogo interativo chamado eXistenZ, e acaba por ser vítima de uma intensa e feroz perseguição por um grupo de fanáticos fundamentalistas que a querem matar.
Em fuga desesperada, é obrigada a esconder-se juntamente com um segurança (Jude Law), que está decidido a protegê-la contra os fanáticos. Todavia, durante a perseguição os dois foragidos experimentam um mundo novo e desconhecido onde os limites entre a fantasia e a realidade não existem e nada é o que aparenta ser. [3]


4º) Cidade das Sombras (Dark City) - 1998


Em uma cidade onde a noite é eterna, John Murdoch é perseguido por um inspetor de policia, suspeito de assassinatos. Sem compreender bem a situação em que se encontra, devido a amnésia que o acomete, ele passa a buscar respostas aos enigmas de seu mundo, sendo ajudado pelo Dr. Daniel P. Schreber. Quanto mais próximo chega da incrível verdade, mais perigosa se torna sua situação pois se torna alvo de estranhas entidades com poderes extraordinários. [4]


5º) Fenômeno (Phenomenon) - 1996


George Malley (John Travolta), no dia de seu aniversário de 37 anos, passa por uma estranha experiência. Vê no céu uma luz muito intensa que vem em sua direção e, com o impacto é jogado ao chão. Ao se recuperar, nota que algo estranho lhe aconteceu pois, nos dias seguintes, consegue fazer coisas que jamais tinha conseguido como ler diversos livros em poucas horas, aprender novas línguas em questão de minutos e jogar xadrez como um mestre. Quando um amigo, rádio amador lhe mostra uma transmissão militar codificada, em código morse, ele consegue decifrá-la instantaneamente e, faz com que o amigo transmita uma resposta. Esta ação faz com que a atenção dos militares seja atraída para sua pessoa e, começam a assediá-lo para que use seus novos poderes para fins militares. Ele não concorda pois acha que este novo dom deve ser usado para o bem da humanidade. Aos poucos, descobre que também está desenvolvendo um tumor no cérebro que é inoperável e acabará por matá-lo. [5]


6º)  Os Últimos Invasores (Intruders) - 1992


Pessoas ao redor do mundo passam a apresentar comportamento suspeito, não lembrando-se de certas passagens de seus dias. Sob hipnose, relatam abdução extraterrestre, e mesmo os mais céticos começarão a suspeitar quando as evidências de vida fora da Terra começam a ficar mais e mais poderosas. [6]



7º) O Dia em Que a Terra Parou (The Day the Earth Stood Still) - 1951


Um disco voador pousa em Washington, capital dos Estados Unidos. Seu único ocupante é Klaatu (Michael Rennie), um ser humanoide que pede paz aos terráqueos. Confundido com uma criatura perigosa, Klaatu é atingido por um soldado. O ataque desperta a fúria de Gort (Lock Martin), um robô que acompanha Klaatu e tem por missão protegê-lo, o que resulta na destruição do capitólio. Klaatu ordena que Gort cesse o ataque, aceitando ser levado a um hospital para conhecer melhor o estilo de vida dos humanos. [7]
(Assista também o relançamento de 2008 com Keanu Reeves)


8º) La Belle Verte (Turista Espacial) - 1996


Existe um planeta em que seus habitantes evoluíram a tal ponto que vivem em perfeita harmonia com a natureza. De tempos em tempos, alguns deles fazem excursões a outros planetas, seja para observá-los ou mesmo ajudá-los em seu processo evolutivo. Curiosamente, há 200 anos que ninguém quer vir para o planeta Terra. Até que um dia, por razões pessoais, uma mulher decide se voluntariar. Ela aterriza em Paris. O filme aborda de maneira humorada temas variados como a fábula filosófica, a espiritualidade ativista, a sustentabilidade, o anticonformismo, a ecologia, o feminismo, o humanismo, o pacifismo entre outros. Inspirador e divertido. [8]


9º) Minhas Vidas (Out on a Limb) - 1987


Shirley MacLaine sai a procura de si mesma, em busca de ligação entre matéria e espírito, pois sentia que faltava em sua vida: um sentido, uma direção, um objetivo. Sua jornada espiritual foi longa, porém reveladora e espantosa em todos os momentos. Entrou em contato com dimensões de tempo e espaço que até então, para ela, pertenciam a ficção científica ou mesmo ao oculto. [9]
Baseado no livro mais vendido da cantora, dançarina e atriz ganhadora do OSCAR, Shirley Maclaine.



10º) K-PAX - 2001


O personagem prot é um homem misterioso, que diz continuamente ter vindo do planeta K-PAX, distante 1000 anos-luz da Terra, na constelação de Lira. Por causa disso, ele é internado em um hospício, onde conhece o Dr. Mark Powell, um psiquiatra disposto a provar que prot na verdade sofre de um grave distúrbio de personalidade. Mas as descrições de prot sobre como é a vida em seu planeta acabam encantando os demais pacientes do hospício, fazendo com que queiram ir com ele quando lhes diz que está próximo o dia em que deverá retornar. [10]



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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Dica de filme da semana: O Décimo Terceiro Andar - The Thirteenth Floor

“O universo começa a parecer-se mais
com uma grande ideia do que com
uma grande máquina.”
― David Bohm


Saudações.

Recentemente assisti o 13º ANDAR e fique encantando com o enredo dele.
O filme é baseado num livro de 1963, chamado SIMULACRON-3, de Daniel F. Galouye, que também foi fonte de inspiração para a produção de Matrix - ambos lançados em 1999. (livro no final do post)
Achei interessante que o 13º ANDAR não ganhou notoriedade na mídia e internet. Mais interessante ainda é que, ao assisti-lo, você terá novas percepções a respeito do nosso modelo social e da forma em que somos conduzidos a acreditar. 
Penso que o filme seja bom o bastante para ser melhor que Matrix. Embora tenha uma produção simples e sem muitas frescuras e espetáculos, o filme transmite ideias sublimes para que possamos ter bons insights.

Um filme para ser visto várias vezes... e o livro também!

Não avalie o filme pelo seu espetáculo de efeitos, sensuais, belas imagens, lindas moças e rapazes. Avalie sua história e o quão útil ela é para lhe agregar conhecimento. É preciso também ter base de entendimento (ter informação) para compreende-lo, assim como Matrix, A Viagem, A Origem entre outros. Do contrário, achará igual um capítulo da novela das 6.


Cartaz do filme

Sinopse: Douglas Hall e seu sócio, Hannon Fuller, dois pesquisadores da área de informática, estão prestes a colher resultados positivos em seu último projeto: desenvolver um mundo simulado utilizando realidade virtual. Porém, Fuller misteriosamente assassinado, antes de passar informações importantes sobre o projeto para Douglas, que agora o principal suspeito de ter efetuado o crime. Desorientado e em busca da verdade em torno dos acontecimentos, Douglas decide por entrar no mundo simulado para investigar a morte de Fuller. (fonte: adorocinema


Entre os produtores do filme estão Roland Emmerich, diretor de Independence Day, Stargate, O Dia Depois de Amanhã e 2012.


*Não deve ser fácil de encontrar o filme em locadoras*


Boa semana!... Vamos acordar!, ops, Despertar! ... 

O Domingo do Despertar vem aí... inscreva-se: www.despertaeventos.com.br




Torrent do filme + legenda (clique aqui)


Por Terra Cinema

Seguindo as pegadas de Matrix, a produção mais celebrada sobre realidade virtual e existências paralelas, 13º andar tem como produtor Roland Emmerich, diretor de Independence Day, mas um desempenho bem aquém dos melhores filmes do gênero.


O filme começa em Los Angeles, em 1937, quando o cientista Hammond Fuller (Armin Mueller-Stahl) encerra sua conta em um hotel de luxo, deixa uma carta misteriosa para o bartender (Vincent D'Onofrio) e volta para casa para encontrar a esposa. Acorda em um moderno laboratório em 1999, já que estava apenas visitando um mundo virtual criado por ele mesmo à perfeição, uma reconstituição perfeita da Los Angeles da década de 30, uma época em que os prédios não tinham o 13º andar por superstição. Fuller descobre coisas estranhas em sua última visita ao universo paralelo, mas é assassinado antes que possa compartilhar sua descoberta com seu amigo Douglas Hall (Craig Bierko), que o ajudou a desenvolver o programa.

Com sérios lapsos de memória e sangue nas roupas, Hall não consegue se lembrar da noite do assassinato e é o único suspeito do crime. As coisas se complicam com a chegada de uma filha desconhecida de Fuller, Jane(Gretchen Mol), que insiste em fechar a empresa e encerrar o projeto desenvolvido pelo pai. Para investigar a morte do amigo e se livrar do detetive Larry McBain (Dennis Haysbert), Hall convence o colega de projeto Whitney (também Vincent D'Onofrio) a enviá-lo para a Los Angeles virtual. Entre constantes viagens entre passado e futuro, ficção e verdade, o mundinho firme onde Hall vivia é abalado pelas estranhas coincidências entre as duas realidades.

13º ANDAR
Título Original: The Thirteenth Floor
País de Origem: EUA/Alemanha
Ano: 1999
Duração: 114min
Diretor: Josef Rusnak
Elenco: Craig Bierko, Gretchen Mol, Armin Mueller-Stahl, Vincent D'Onofrio, Dennis Haysbert


 

OBRA EM QUE VÁRIOS FILMES FORAM INSPIRADOS
Está querendo ler o livro em português? Baixe ele clicando AQUI
  
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sábado, 20 de fevereiro de 2016

Aaron Swartz - Uma breve história de um jovem que tentou fazer do mundo um lugar melhor

O MENINO DA INTERNET
QUE TENTOU MELHORAR O MUNDO MAS FOI SILENCIADO


Aaron Swartz tinha 26 anos quando cometeu suicídio. Havia sido preso dois anos antes, e enfrentava um processo que poderia condená-lo à prisão e a multas milionárias. Seu crime? A lutar pelo livre conhecimento. 





Após ver o vídeo acima, veja a seguinte notícia (que é comentada quase no final do documentário).
Jovem de 15 anos revoluciona o combate ao câncer de pâncreas


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Você acredita que o governo é uma organização que quer seu bem? Acredita também que os poderes (judiciário, legislativo, executivo, midiático, religioso e financeiro) é justo? Acredita em papai noel e toma coca-cola? Come carne pensando que ela vem do açougue e que os animais foram feitos por deus para servir você?

Se sua resposta for sim, há muitos que terão piedade do império da ignorância.
Mas continue visitando este blog para aprender algo aqui. Mas busque informações alternativas (que não estão na mídia convencional).


Paz.

 

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

A mentira em que vivemos - The lie we live



Um pequeno vídeo para profunda reflexão sobre nós mesmos.




*Ative a legenda em português, caso não esteja aparecendo no vídeo.







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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Dica de filme da semana: Sentidos do Amor "Perfect Sense"

cena do filme

A dica de filme desta semana é: "Perfect Sense" (Título no Brasil: Sentidos do Amor)

O título "brasileiro" para este filme e sua sinopse não preenchem o verdadeiro sentido dele, principalmente pelas mensagens sublimes que são passadas neste longa.
 
Epidemia? Chemtrails? Reprogramação do DNA? Salvadores? Fim do mundo? Sentidos? Sabonetes? Cosméticos? Alimentação?

Imagine a humanidade ir perdendo seus sentidos, um a um. Mas antes de cada perda, ocorre uma "reação padrão".
 

Embora tenha um enredo pouco romântico, o filme trata de diversos desafios para nossa profunda reflexão.

~~ DRAMA ~~




Sinopse:  Susan é uma cientista em busca de respostas a perguntas importantes. Tão importantes que renunciou a outras coisas, incluindo o amor - até que conhece Michael, um talentoso chefe de cozinha. De repente, tudo começa a mudar. Enquanto Susan e Michael estão experimentando o amor, em todo o mundo as pessoas estão começando a se sentir estranhas - algo está afetando suas emoções e o mundo começa a desmoronar...


Trailer: www.youtube.com/watch?v=9oDOxvN8ivg

*Assistam sem levar muito em consideração o título nacional e sua sinopse.


E agora?

fábio ibrahim


*** Tem no NetFlix





segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Oito pensamentos de Krishnamurti





Os medos ocultos
Não há somente os medos conscientes, dos quais todos estão cônscios, mas também aqueles que estão bem fundo, nos recessos ocultos da mente. Como lidar com medos conscientes e ainda com aqueles que são ocultos? Certamente, o medo está na fuga a “o que é”; é a fuga, o escape, o evitar da realidade que redunda em medo. Também, quando há qualquer tipo de comparação, há criação de medo – a comparação daquilo que você é com aquilo que você pensa que deveria ser. Por conseguinte, o medo está na fuga ao que é real, e não no objeto do qual você foge. Nenhum desses problemas do medo pode ser resolvido por meio da vontade, dizendo a si mesmo: “Não ficarei com medo”.
- Krishnamurti, Beyond Violence, p 64


Medo do passado e do futuro
Neste momento, enquanto estou sentado aqui, não estou temeroso. Não tenho medo no presente, nada está me acontecendo, ninguém está me ameaçando ou tirando coisa alguma de mim. Mas, para além do momento atual, há uma camada mais profunda na mente que, consciente ou inconscientemente, está pensando no que poderá acontecer no futuro, ou está preocupada com que algo do passado possa alcançar-me. Portanto, estou com medo do passado e do futuro. Dividi o tempo em passado e futuro. O pensamento chega e diz: “Cuide para que isso não ocorra de novo”, ou “Prepare-se para o futuro. O futuro pode ser perigoso para você. Você conseguiu alguma coisa agora, mas pode perdê-la. Você pode morrer amanhã, sua esposa pode fugir, você pode perder o emprego. Talvez você nunca fique famoso. Poderá ficar solitário. Você precisa ter certeza do amanhã.”
- Krishnamurti, Freedom from the Known, p 42


O pensamento produz o medo
Como é que surgem esses medos psicológicos? Qual é a sua origem? Essa é a questão. Há o medo de algo que aconteceu ontem; o medo de algo que pode acontecer mais tarde, hoje ou amanhã. Há o medo daquilo que conhecemos, e há o medo do desconhecido, que é o amanhã. Pode-se perceber por si mesmo, muito claramente, que o medo surge por meio da estrutura do pensamento – pensando sobre o que aconteceu ontem (coisa de que se tem medo), ou pensando sobre o futuro. Certo? O pensamento produz o medo, não é verdade? Por favor, certifiquemo-nos disso. Não aceitem o que diz o palestrante; fiquem absolutamente certos, por si mesmos, sobre se o pensamento é a origem do medo.
- Krishnamurti, The Flight of the Eagle, p 12


O tempo e o pensamento criam o medo
O tempo e o pensamento criam o medo – tempo como ontem, hoje e amanhã. Há o medo de que amanhã algo aconteça – a perda de um emprego, a morte, que minha mulher ou meu marido fuja, que a doença e a dor que tive há muitos dias voltem de novo. É aí que o tempo entra. O tempo, incluindo o que o meu vizinho possa dizer sobre mim amanhã, ou o tempo que até agora tem ocultado algo que eu fiz há muitos anos. Tenho medo de que alguns desejos secretos, profundos, não sejam satisfeitos. Portanto, o tempo está presente no medo, medo da morte que vem no fim da vida, que pode estar esperando na esquina e estou com medo. Assim, o tempo envolve medo e pensamento. Não existe tempo se não existir pensamento. Pensar sobre o que aconteceu ontem, ter medo de que isso possa acontecer de novo amanhã – é isso que faz surgir o tempo e também o medo.
- Krishnamurti, The Flight of the Eagle, pp 69-70


Dar atenção ao medo
Pergunta: Você observa o medo e percebe-se fugindo dele. O que é que você deve fazer? Krishnamurti: Primeiro, não resista à fuga. Para observar o medo, você precisa prestar atenção; e na atenção você não condena, não julga, não avalia, mas só observa. Quando você foge é porque sua atenção se desviou, você não está presente – há falta de atenção. Fique desatento, mas esteja consciente de estar desatento – essa percepção da sua desatenção é atenção. Se você estiver cônscio da sua desatenção, fique cônscio disso, não faça coisa alguma sobre isso, exceto ficar cônscio de que você está desatento; então essa própria percepção é atenção. É muito simples. Uma vez percebendo isso, terá eliminado todo o conflito; você estará cônscio sem escolha. Quando você diz: “Tenho estado atento, mas agora já não estou atento e preciso ficar atento”, há escolha. Ficar cônscio significa ficar cônscio sem escolha.
- Krishnamurti, Beyond Violence, p 71


A rede de meios de fuga
Temos uma grande diversidade de medos, e procuramos resolver tais medos de modo fragmentário. Parece que não somos capazes de ir além disso. Se pensamos ter compreendido determinado medo e tê-lo resolvido, outro medo aparece. Quando conscientes do medo, tentamos fugir dele, tentamos encontrar uma resposta, tentamos descobrir o que fazer, ou tentamos suprimi-lo. Como seres humanos, desenvolvemos, com perspicácia, uma rede de meios de fuga: Deus, diversões, bebidas, sexo, qualquer coisa. Todas as fugas dão no mesmo, quer feitas em nome de Deus ou da bebida!
- Krishnamurti, The Collected Works, vol XVI, p 174
 

Assustados… como o resto do mundo
Se um único ser humano compreender radicalmente o problema do medo e o resolver, não amanhã ou em algum outro dia, mas instantaneamente, ele afetará a consciência total da humanidade. Isso é um fato. Como tenho dito, sua consciência não é propriedade privada sua; ela resulta do tempo, de milhares de incidentes, de experiências, que são montadas pelo pensamento. Essa consciência está em movimento constante. É como uma corrente de água, um vasto rio do qual você faz parte. Portanto, não há particularização; e, se você examinar isso profundamente, não há individualidade. Você pode não gostar disso, mas examine-o. Indivíduo significa uma entidade não dividida, indivisível, que não está fragmentada, que não está partida, mas sim inteira. Entretanto, muitos de nós, infelizmente, estamos fragmentados, quebrados, divididos, como o resto do mundo – infelizes, preocupados, confusos, sofrendo, com dores, assustados.
- Krishnamurti, Total Freedom, p 302


Insegurança e medo
Há medo da insegurança, de não ter emprego, ou de ter emprego (fica-se com medo de perdê-lo), medo dos vários tipos de greve que estão acontecendo, etc. Então, a maioria está bastante nervosa, com medo de não estar completamente segura fisicamente. Isso é óbvio, mas por quê? Será porque estamos sempre nos isolando como nação, como família, como grupo? Será que esse lento processo de isolamento – os franceses se isolando, também os alemães, etc. – está trazendo insegurança para todos nós? Podemos observar isso, não só exteriormente? Observando o que acontece externamente, sabendo exatamente o que está acontecendo, a partir daí podemos começar a investigar dentro de nós mesmos. De outro modo, não temos critérios; de outro modo, enganamo-nos a nós mesmos. Portanto, precisamos começar pelo exterior e trabalhar na direção do interior. É como uma maré, que está indo para fora e vindo para dentro. Não é uma maré fixa: ela se move para fora e para dentro o tempo todo.
- Krishnamurti, On Fear, p 61




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