Pesquisas recentes, no entanto, indicam que existe muito menos desses outros elementos do que se pensava. O fato de a composição química do Sol ser diferente daquela que os cientistas tiveram em mente até hoje pode ser um divisor de águas na Astronomia, porque muda o modo como se estudam as estrelas em geral.
A atmosfera solar está sendo minuciosamente estudada. Devido à quantidade de dados oriundos de diferentes centros de pesquisa, ainda vai levar um tempo para que a comunidade científica chegue a um consenso, afinal, sobre o quanto há de Hidrogênio e de ouros elementos na composição do Sol. Mas o fato é que o assunto está em evidência.
No final da década de 1850, os cientistas descobriram que existem, nos raios solares, certas linhas escuras. Desde então, se sabe que essas linhas escuras representam a presença de determinados elementos na atmosfera Solar, já que absorvem a radiação que deveria chegar até nós. Assim, quanto maior for a faixa negra no raio de sol, maior a quantidade de tal elemento. O desafio, então, é saber de qual elemento se trata.
Durante milhões de anos, a fusão do Hidrogênio no núcleo solar converte parte desse hidrogênio em hélio, e depois em elementos mais pesados, chamados pelos astrônomos de “metais”, embora alguns sejam gases, como Oxigênio e Nitrogênio. A porcentagem desses “metais” na composição total, que nos anos 90 foi concebida pelos cientistas como sendo de 2% do total do Sol, está sendo colocada em dúvida.
A partir de novos testes a partir dessas linhas escuras, os cientistas estão chegando à conclusão que a proporção dos “metais” é 40% menor do que se pensava. Assim, todos os elementos além de Hidrogênio e Hélio formam apenas 1,4% da composição solar.
Pouco se conhece sobre a maneira como o Sol é formado. Os modelos anteriores dividem o Sol em camadas, assim como a Terra, em que é possível ver as divisões. Este modelo, no entanto, está sendo considerado muito simplório pela nova astronomia, que considera que há transferências constantes de massa e energia de camadas externas para as internas, e vice-versa. Isso torna essa divisão mais complexa, e dá origem a um modelo tridimensional do Sol.
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